Artur Padilha num dos pontos onde tem água encanada no meio da Caatinga (Fotos: Cid Barbosa)
Afogados da Ingazeira (PE) Um engenheiro mecânico de 80 anos e uma ideia perseverante mudaram os rumos de uma propriedade rural nesta cidade, localizada no sertão do Pajeú, a 386 quilômetros de Recife. A partir da construção de barragens subterrâneas em formato de arco romano deitado foi possível armazenar água em todos os recantos da propriedade. O melhor de tudo é que a tecnologia criada por José Artur Padilha na Fazenda Caroá, de sua propriedade, é de baixíssimo custo.
A construção das barragens é feita de maneira simples: as pedras são colocadas no chão sem qualquer tipo de escavação ou colocação de argamassa, já que a própria natureza, com o passar do tempo, se encarregará de fazer a sedimentação
O trabalho de Padilha, intitulado Projeto Base Zero, foi adotado pela Agenda 21 na área de Agricultura Sustentável do Governo Federal. Paradoxalmente, as instituições públicas não demonstram o menor interesse em financiá-lo. O fato de não envolver vultosos recursos e grandes empreiteiras talvez seja o principal entrave para o desinteresse.
"O que fazemos é seguir o que a natureza nos ensina. A diferença é que levaria cerca de 300 mil anos para se formar um barramento natural enquanto o homem pode fomentar esse processo em apenas uma semana", explica José Artur Padilha.
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